Embraed dobra ticket médio em imóveis de alto luxo
O crescimento da Embraed nos últimos anos e os seus projetos para manter o ritmo de expansão foi destaque na edição do Jornal Valor Econômico de dezembro/22. Em entrevista ao jornal, a nossa CEO Tatiana Rosa Cequinel fala sobre planos que devem representar novo impulso para os negócios e os atributos que tornam a Embraed uma referência em empreendimentos de alta qualidade. Confira!
Com ticket médio que passou de R$ 2,5 milhões para R$ 5,6 milhões a unidade desde 2019, a Embraed fechou o ano de 2022 com R$ 550 milhões em vendas, 10% a mais do que em 2021.
Os principais clientes da companhia são consumidores classe A em busca de segunda residência na cidade de Balneário Camboriú. Pelo alto poder aquisitivo, a incorporadora não teve problemas ao longo de 2022 para repassar o aumento dos custos com materiais e terrenos aos imóveis, afirma Tatiana Rosa Cequinel, CEO da Embraed.
Também não há questões como inadimplência e risco de distratos, que assombram outras faixas do mercado imobiliário neste momento de juros elevados. Como explica Cequinel, seus clientes costumam pagar 30% do valor da unidade em até 90 dias e o restante em no máximo 60 meses.
Para este ano, a Embraed planeja fazer dois lançamentos, com valor geral de venda (VGV) de R$ 1,2 bilhão. Já contando com um empreendimento no Paraná, em Maringá, Cequinel afirma ser um “sonho” para a empresa entrar no mercado de São Paulo. “O paulista entende bastante o nosso tipo de produto, que é muito diferente”, diz ela. Para isso, uma parceria seria bem-vinda. “Sempre quando vamos para um novo campo, temos que ter um parceiro que conheça as coisas”.
Também não é descartada uma internacionalização da incorporadora. “Venho olhando Miami, tem saído bons projetos por lá, mas esse negócio é questão de oportunidade, tem que estar ligado”, afirma, acrescentando que a Embraed está “pronta para agarrar qualquer oportunidade”.
Outro plano é investir em condomínios horizontais de luxo. A inspiração é a Fazenda Boa Vista, condomínio da JHSF em Porto Feliz (SP). A ideia na Embraed, no entanto, é realizar o projeto em Santa Catarina. “Tem espaço e tem demanda”.
A Embraed tem a característica de se manter ativa em seus projetos depois que eles são entregues aos moradores. Cequinel assume como síndica dos condomínios por dois anos e há um departamento da incorporadora específico para cuidar disso. Segundo ela, essa proximidade com os edifícios em uso ajuda a ter uma visão do que funciona ou não, a melhorar os próximos projetos e a manter um padrão de qualidade nos empreendimentos.
Além disso, está no planejamento adotar um serviço de concierge, pay-per-use, para assessorar os moradores que chegam à cidade sem saber quem contratar para ser babá ou personal trainer, por exemplo. O modelo do serviço está em desenvolvimento.